quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

tudo o que eu queria era escrever umas cinco páginas pra te falar do meu amor, mas tudo que consegui até hoje foram meros versos soltos numa atmosfera tensa e confusa.
palavras desconexas onde tento esconder até de mim o que eu realmente quero dizer. cada frase, cada vírgula que escrevo é tudo mentira. são falsidades que eu inventei pra não cuspir minhas loucuras e transparecer minha obsessão. letras que se organizam em palavras que não são minhas, palavras criadas pra te chamar atenção pro outro lado, para que você nunca perceba o que realmente acontece aqui.
a minha vida se resumiu em mentir. mentir pra mim, pra você, pra qualquer um. e você pode se perguntar, então, se eu não estou mentindo agora. e a resposta é simples: sim.
eu minto sempre, é tudo que sei fazer. tudo em mim é encenado, sou meu próprio personagem, meu próprio fantoche. eu me controlo, eu faço meu figurino e roteiro. é tudo meu, mas nada sou eu.
o que sinto por você é mentiroso, é infiel. os nossos beijos são tecnicos, nossos abraços são frios, nossas brigas são cenas. eu não sei até que ponto você consegue perceber, mas é tudo um palco; é tudo parte da minha obra. até mesmo você.

e nada do que eu diga agora vai fazer sentido, mas o que importa? seria mais uma mentira. o final da cena eu ja sei. você talvez não saiba, mas eu ja escrevi o desfecho final. ele esta nas minhas mãos agora; extamente agora.
mas você pode achar que é mentira...
e estará com a razão.

Um comentário:

Isabella Brito disse...

De mentira em mentira eis que surge uma grande verdade!

:D


Adorei seu lugarzinho!

:****