domingo, 24 de agosto de 2008

sempre sinto saudades quando você sai.
é um vazio que não pode ser preenchido com as coisas que habitam meu quarto.
não posso ouvir meus cds, todas as músicas me lembram você.
não posso ligar a tv, esta na hora do seu programa preferido.
não posso pegar o celular, tenho todas as suas mensagens guardadas e seus números estão por toda a agenda.
não posso escrever, és minha inspiração.
não posso gastar horas no msn, vou ficar esperando você chegar e pensando no porque ainda não chegou.
não posso jogar video game, ja zerei todos os jogos e lembraria de como você odeia todos.
não posso dormir, não consigo.
não posso ler um livro, acabaria achando alguma parte que se parece com você e que deverias ler.
não posso pegar o carro e sair andando sem rumo, meu inconsciente me levaria para a porta da tua casa(e ele ja fez isso antes).


me resta apenas respirar.
mas aí tem uma música que você me escreveu que diz "só enquanto eu respirar vou me lembrar de você".
e minha luta para tentar pensar em algo diferente de você acaba no meu bloco de notas.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

tantas vezes não entendo o que me dizem, o que tentam me mostrar. achei que era capaz de compreender cada palavra, cada linha do que me era dito. mas não, eu não entendo. eu não consigo. é tudo muito sem nexo pra fazer sentido. como pensar em A, agir como B e sentir como C? eu não consigo digerir o pensamento aristotélico de que há segmentação dentre de um mesmo núcleo. pode até existir, mas não desta forma.
na verdade o que eu não percebia é que, de fato, não há segmentação. é tudo um coisa só. "o corpo quer a alma entende" ou o contrário.


hoje eu perdi para mim.
perdi para o meu próprio corpo.
me olhei no espelho e aceitei minha derrota.
notei que a inquietação da minha própria alma pelo não desejo do meu próprio corpo é a mesma que eu vi diante dos meus olhos e que não pude acalmar. não posso acalmar.

hoje eu perdi pra mim.
e isso dói.